CIAAT participa de Comissão em Brasília e cobra apoio à preservação de florestas

O Centro de Informação e Assessoria Técnica (CIAAT) reforçou seu papel ativo na defesa do meio ambiente e das comunidades impactadas pelo rompimento da barragem de Fundão. Nesta terça-feira, dia 21 de outubro, o vice-presidente da instituição, Guilherme Freitas, esteve em Brasília para participar de uma sessão da Comissão Externa sobre Fiscalização dos Rompimentos de Barragens e Repactuação, presidida pelo Deputado Federal Rogério Correia. 

Representantes de outras entidades da região também estavam presentes, como o presidente da Associação Incubar, José Luiz Côrtes; a coordenadora do Centro de Formação Francisca Vera, Maria de Fátima Vieira; Silva Paquelet, representante do Instituto Terra, entre outros. 

O encontro teve como foco principal o acompanhamento das ações ambientais e a discussão crucial sobre o novo acordo de repactuação relacionado ao crime ambiental da Samarco. A sessão reuniu importantes representantes do governo, incluindo a Casa Civil da Presidência da República, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o BNDES e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), que apresentaram o panorama atual de suas respectivas pastas.

Em sua fala de abertura, o Deputado Rogério Correia destacou a dificuldade histórica em avançar com a legislação ambiental sem a pressão de grandes desastres. “Foram precisas duas tragédias ambientais para conseguirmos avançarmos com a legislação ambiental. Com a tragédia de Mariana, não conseguimos aprovar projetos e melhorar a legislação nem em Minas Gerais. As leis foram aprovadas depois da tragédia de Brumadinho, os projetos estavam prontos, mas existia pressão enorme das mineradoras, que existe até hoje. Hoje, do ponto de vista do governo, queremos cobrar as ações, saber o que foi feito, ouvir os ministérios e depois ouvir as entidades para apontar para políticas de fortalecimento”.

Vice-presidente Guilherme Freitas apresentou trabalho do CIAAT em comissão da Câmara

 

Representando o CIAAT, Guilherme Freitas apresentou o trabalho essencial da instituição na região. Detalhou os resultados de impacto alcançados em áreas como a restauração ambiental, a implementação de barraginhas e as ações de saneamento rural.

No entanto, a participação do CIAAT foi além da prestação de contas. Freitas utilizou o espaço para levantar uma preocupação fundamental sobre o futuro das áreas recém-plantadas:

Com a finalização dos indicadores que a Samarco vai entregar, essas áreas vão ficar vulneráveis. Possivelmente serão abertas e os produtores vão colocar gado lá dentro. Isso porque não foi trabalhado um eixo produtivo e econômico dentro dessas áreas. Os produtores olham e às vezes é o único local que tem um capim verde dentro das propriedades. Temos medo de que terminando o Pagamento de Serviços Ambientais (PSA), os produtores coloquem gado ali. Já está acontecendo em áreas que não tem mais PSA”, explicou Guilherme.

O vice-presidente do CIAAT explicou que a instituição tem adotado a tecnologia dos Sistemas Agroflorestais para integrar  a preservação das florestas à produção de alimentos e geração de renda para os produtores.

O alerta do CIAAT sublinha a importância de planejar a fase pós-acordo, evitando que os avanços ambientais sejam revertidos e garantindo a continuidade da proteção das áreas em recuperação.

Restauração florestal e adoção de sistemas agroflorestais foram apresentadas
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