
O CIAAT viveu um momento muito especial no dia 13, no CETRECS: a realização de mais um Dia de Campo, reunindo alunos do curso de Sistemas Agroflorestais (SAF), equipe técnica e comunidade em um dia inteiro de aprendizado prático, troca de saberes e trabalho coletivo.
Segundo o coordenador do projeto, Guilherme Freitas, o momento simboliza o fechamento de um ciclo e, ao mesmo tempo, a abertura de novas frentes dentro do sistema.
“A gente está finalizando o ano do curso já com uma parcela do SAF implantada. Começamos com uma área de horta, que ainda está produzindo, temos colheita de jiló e em breve inhame e mandioca. Aos poucos, vamos abrindo novas áreas e avançando na implantação”, explicou.
Nesta etapa, o foco do SAF foi a fruticultura. Já haviam sido implantadas linhas de goiaba e espécies nativas, e o trabalho do dia envolveu a introdução de novos elementos ao sistema, como o cacau. Além do reforço das linhas de espécies arbóreas nativas que compõem o arranjo agroflorestal.

“Hoje estamos implantando o cacau e novas linhas de nativas para compor um sistema voltado às frutíferas, que são a cultura de interesse dessa área. É um mutirão feito junto com os alunos e com a comunidade que acompanha o trabalho do CIAAT, justamente para fortalecer essa experiência coletiva”, destacou Guilherme.
A introdução do cacau no sistema representa também uma inovação para a região de Governador Valadares. Foram utilizados clones que, segundo a equipe técnica, têm potencial de adaptação às condições locais, contribuindo para a diversificação produtiva e para a resiliência do sistema frente às mudanças climáticas.
Além do trabalho em campo, o mutirão reforçou um dos pilares centrais da atuação do CIAAT: aprender fazendo em conjunto. Mais do que técnicas, o encontro promoveu diálogo, cooperação e a vivência prática dos princípios da agrofloresta, integrando produção de alimentos, conservação ambiental e fortalecimento da agricultura familiar.
Para o CIAAT, cada mutirão é mais do que uma atividade pontual: é parte de um processo contínuo de formação, cuidado com o território e construção de alternativas sustentáveis para o Vale do Rio Doce.





