CIAAT capacita assentados do MST em técnicas de restauração florestal

A convite do Centro de Formação Francisca Veras (CFFV), o CIAAT ministrou uma capacitação sobre as técnicas de restauração florestal para famílias assentadas do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). O curso foi realizado nos dias 12 e 13 de setembro, no Assentamento Oziel.

Com aulas práticas e teóricas, a formação contou com quatro instrutores do CIAAT e 25 participantes vindos de quatro assentamentos: Egídio Brunetto e Ulisses de Oliveira (Jampruca), Oziel Alves Pereira (Governador Valadares) e Liberdade (Periquito).

Péricles Bondim, coordenador de implantação no CIAAT, foi um dos instrutores durante o curso. “Nosso objetivo é trazer tudo para a realidade deles. Um diferencial dos assentamentos é que eles trabalham em mutirão, utilizando quem está disponível naquele dia. Então às vezes pode ter mais pessoas, às vezes menos. Por isso é importante que cada um compreenda bem o processo como um todo, para fazer um trabalho de qualidade”.

CFFV conviou o CIAAT a dar capacitação sobre técnicas de restauração florestal

 

Henrique Samsonas, gestor do contrato de restauração florestal pelo CFFV, explica que serão restaurados 720 hectares em dois anos, daí a importância da preparação:

Essa é uma demanda nossa, do nosso projeto de restauração florestal nas áreas de reforma agrária aqui na Bacia do Rio Doce, onde as famílias são as responsáveis por esse processo de restauração florestal. Estamos aqui junto com o CIAAT que já tem essa experiência na restauração na Bacia do Rio Doce fazendo a capacitação das famílias no processo de implantação dessas áreas. Os assentados já trazem uma bagagem do que eles já realizaram no trabalho, da experiência de vida deles no campo, então pode-se dizer que a gente está só calibrando  o trabalho de manejo nas áreas de implantação”, destaca Henrique.

Participantes de quatro assentamentos tiveram aulas práticas e teóricas

 

Uma das participantes foi a dona Maria das Dores Coelho, que há 20 anos mora no Assentamento Ulisses Oliveira, em Jampruca. Ela comemorou a oportunidade de gerar renda por meio da restauração da terra onde mora.

Lá em casa somos meu esposo, eu e três netos, que nos ajudam depois que já estudaram. Estou aprendendo para passar pra eles. A oportunidade é boa porque a gente não tem condições de restaurar toda a área.  Já consegui cercar muitos hectares para fazer a reserva e agora eu vou fazer o plantio para regenerar. Porque lá é muito devastado, tem erosão e a gente tem que recuperar para ter a água de volta”.

Curso contou com apresentação de técnicas em áreas com diferentes características
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