CIAAT participa de seminário no Instituto Terra

Para debater a transformação do cenário ambiental no Vale do Rio Doce, o CIAAT participou do seminário Terra Doce, promovido pelo Instituto Terra em parceria com a WWF-Brasil e a KfW. 

O evento foi realizado no dia 14 de agosto, em Aimorés, e reuniu representantes de diversas instituições que possuem atuação na Bacia do Rio Doce com o objetivo de transformar o meio ambiente e a sociedade.

A comitiva do CIAAT foi composta pelo presidente, Pedro Carlos Santos; o vice-presidente, Guilherme Freitas; o coordenador executivo, Antônio Carlos Borges; a analista de projetos e mobilização social, Daniele Dutra; e a assessora de comunicação, Zana Ferreira.

Na parte da manhã, foram apresentados dados de pesquisas realizadas pelo Instituto Terra na região. De tarde, os representantes das instituições convidadas compartilharam suas experiências e visões.

O coordenador executivo do CIAAT, Antônio Carlos Borges, começou sua fala apontando o método de trabalho da instituição.

Quando falamos no nosso lema, que é “Construindo Comunidades Sustentáveis”, a gente tem um princípio, que é trabalhar focado nas pessoas, não na técnica. A técnica vem focada no produto, no objetivo final, mas as pessoas têm o poder de influenciar esse resultado, daí a necessidade de focar nas pessoas. A gente pode cercar áreas, plantar árvores, desenvolver uma floresta jovem. Mas se não trabalharmos com as pessoas, com a cultura da região, depois o produtor pode cortar a cerca e colocar gado novamente onde foi restaurado. Daí a importância de focar nas pessoas e mudar a cultura local”, destacou.

Coordenador Toninho Borges exaltou a união de forças em prol da região

 

Sobre a iniciativa proposta pelo projeto Terra Doce, que visa revitalizar o meio ambiente da região, ele frisou a necessidade de união das forças em prol do objetivo comum.

É um grande desafio reunir todas essas forças aqui da região e conseguir harmonizar em torno de um objetivo. É preciso ser uma construção muito importante, que não é fácil, mas muito possível. E não tem outro caminho para a região”, pontuou Toninho Borges.

Entre os presentes no local estava José Carlos de Carvalho, ex-ministro do Meio Ambiente e atual consultor do Instituto Inhotim. Ele reforçou a necessidade de um novo modelo de desenvolvimento para o país.

Nós precisamos superar o falso dilema entre a agricultura versus o meio ambiente. O Brasil pode ser o maior player mundial na produção de alimentos e também de ativos ambientais. Para isso, é preciso que haja políticas de crédito rural não só para a produção, mas também para a recuperação de APP’s (áreas de proteção permanente) e pastagens”, afirmou José Carlos de Carvalho.

Juliano Salgado, presidente do Conselho Diretor do Instituto Terra, comemorou a união de esforços em prol da região: Por tudo que vimos aqui hoje, podemos dizer que todos nós estamos fazendo a mesma coisa, mas de maneiras diferentes. Isso nos faz acreditar que é possível pensar um novo modelo de desenvolvimento para a Bacia do Rio Doce”.

Para dar continuidade ao movimento, foi traçado um grupo de trabalho formado por representantes das instituições presentes para o desenvolvimento de ações integradas. 

Juliano Salgado junto aos representantes do CIAAT e da Plural Cooperativa
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