O segundo módulo do curso de Desenvolvimento de Negócios Agroflorestais foi realizado no último fim de semana, nos dias 31 de maio e 1 de junho, no CETRECS.
Realizado com recursos da Fundação Banco do Brasil, a formação busca difundir a metodologia dos Sistemas Agroflorestais (SAFs), bem como capacitar moradores do Vale do Rio para implementar esse modelo de produção.
O fim de semana teve grande caráter prático, com os alunos indo a campo com a missão de reformular parte de uma área de produção para atender a uma demanda de horta, com foco na produção de alface.

Para cumprir a missão, os participantes precisaram aplicar os conhecimentos e conceitos aprendidos no primeiro módulo. A área destinada à hora já estava ocupada com a cultura de banana, mamão, entre outras árvores. Eles precisaram realizar um diagnóstico do espaço, medindo as distâncias entre canteiros entre as futuras sementes, para determinar a dimensão da limpeza da área e reconfiguração da horta.
Este também foi o fim de semana de estreia do professor Rafael Ramalho Cavalcante, engenheiro agrônomo com especialização em sistemas agroflorestais, que assumiu as aulas.
“É ótimo estar aqui com essa oportunidade a convite do CIAAT. Neste centro de disseminação de conhecimento que é o CETRECS , de tecnologias sustentáveis, para produtores familiares e grandes produtores. O meu objetivo com as aulas é cada um entender como isso vai ser implementado em sua realidade. Qual é o foco: é cacau, café, ou pimenta do reino? Como eu vou planejar o meu sistema para ele produzir melhor?” explicou o professor.

A agricultora familiar Joaninha França mora no assentamento Ulisses de Oliveira, em Jampruca, e enfrenta uma grande distância para poder adquirir os conhecimentos que pretende levar para a sua comunidade. Mesmo assim, ela é só elogios à formação:
“O curso vale muito a pena, a gente está aprendendo muita coisa, é um investimento no que é nosso. Além disso, conhecemos muita gente, um mundo e coisas diferentes que são boas, que fazem a gente aprender. Eu gostei de tudo que eu já vi aqui, é o que a gente pretende colocar no nosso lote. Mesmo com as condições difíceis para chegar aqui, a gente consegue dar um jeitinho. Desistir jamais!”, destaca a agricultora.