Dois representantes da Universidade Metodista de Angola (UMA) estiveram em Governador Valadares entre os dias 27 a 30 de junho. Eles vieram conhecer o trabalho do Centro de Informação e Assessoria Técnica (CIAAT), com o qual assinaram contrato para a prestação de consultoria e assessoria na implantação de uma fazenda escola no país africano.
Com 17 anos de atuação, o CIAAT é referência em técnicas para a produção de alimentos no campo, seja por meio da criação de animais ou pelo cultivo de hortaliças. A parceria com a universidade visa exportar tecnologias bem sucedidas para Angola, país que sofre com a insegurança alimentar.
As técnicas na criação de bovinos, aves e peixes, bem como o plantio de hortas, serão implantadas na fazenda Mwanha, que no idioma kimbundo significa “sol nascente”.
“Nós acreditamos que não seremos os mesmos ao regressar em Angola. E quando essa equipe for para Angola, aí realmente vai acontecer um boom. Fazer o progresso e o sucesso acontecerem. Nesse espaço de tempo que aqui ficamos visitando, muitas ideias, muitos dos vossos projetos, vamos aproveitar, porque é algo que com poucos recursos podem ser desenvolvidos. Viemos exatamente para enriquecer o nosso conhecimento”, destacou o Reverendo Manoel André, diretor geral da mantenedora da universidade.
Os angolanos conheceram as atividades desenvolvidas no Centro de Referência e Treinamento em Tecnologias Sociais (CETRECS), espaço localizado no distrito de Baguari, onde o CIAAT desenvolve diversos projetos como piscicultura, criação de galinhas e horta orgânica.
A comitiva também visitou várias propriedades particulares nas quais o CIAAT prestou assessoria na produção rural, conhecendo experiências diversas, desde viveiro de mudas até a produção de queijos.
O diretor do curso de Engenharia Informática na UMA, Gabriel Patrício, elogiou os trabalhos que conheceu na região e valorizou a pesquisa brasileira.
“A minha formação superior foi feita aqui no Brasil que, não só para mim, mas para a comunidade angolana, é uma mãe que nos acolheu sempre de forma muito amigável. A maior comunidade de tecnologia em Angola foi criada no Brasil, é uma comunidade de jovens que pegou a experiência brasileira e levou para a Angola e está dando certo. Então o Brasil pra nós é o mundo”, elogiou o engenheiro.
Para o coordenador executivo do CIAAT, Toninho Borges, esta é uma oportunidade de troca de experiências e conhecimentos.
“Ficamos emocionados com o convite para a transferência de tecnologias, temos experiência no modelo de produção agroecológica, mas acreditamos também na troca cultural. A Angola tem muitas similaridades com o Brasil, é um país irmão, então temos muito que aprender também. Será uma caminhada longa e próspera”, finalizou.